segunda-feira, 28 de julho de 2008


Desde Closer (2004) um filme não me tocava tanto quanto Ó Paí Ó (2007). Os sotaques, as pessoas, os encontros psicológicos dos personagens, o ar caloroso me reacenderam um sentimento antigo: meu amor pela cultura do Nordeste. Muitos risos, muita alegria, e ao final aquele gosto amargo na boca. O elenco conta com tipos muito diferentes, embora um tanto quanto caricaturados, mas divertidos e principalmente humanos. Lázaro Ramos, que esteve brilhante em todo momento, e Wagner Moura (em dispensável atuação) bateram cartão como era de se esperar. Tem gente do candomblé, tem evangélico fanático, tem aspirante a cantor, quem tentou a vida na Europa, lésbica, e todo drama que só um cortiço pode proporcionar à vida de uma população onde o psicológico não fica restrito ao individual. O filme mexeu com uma esfera que eu nunca dei a devida importância: o carnaval bahiano e o axé music. Não vou entrar aqui no mérito de explicar racionalmente o que só a emoção dá vazão, tem que ver, tem que estar aberto a sentir. Se é pra ver o filme com olhos vestidos de preconceito não veja, é perda de tempo. Como todo carnaval tem seu fim, o filme termina com um toque bem brasileiro: diversão, tragédia e sexo. Vale a pena.

Por onde eu começo?

Ah tá, por aqui. É, começar um blog novo (falo isso devido a tantas outras tentativas, começos e re-começos) causa um turbilhão de sentimentos.... tais como.... fazer pela primeira vez um strip-tease. Pensa-se duas vezes sobre fazer ou não fazer.
Primeiro tiramos a máscara que nos impede de dizer o que sentimos. Nos desfazemos da arrogância que impede a exposição de si. O pudor vai embora e vem à tona o que não temos coragem ou oportunidade para dizer... Mas no fim, você se sente mais mulher que nunca.